Raphinha contra a Copa: "É injusto abrir mão das férias porque é preciso jogar"

O camisa 11 do Barcelona criticou o formato do novo torneio, acusando a FIFA de ignorar os direitos dos jogadores e destacando a importância da pausa de verão, posta em risco por um calendário apertado e controlado.
De férias em São Paulo (Brasil), Raphinha foi direto: segundo o ponta do Barcelona , o novo formato do Mundial de Clubes obriga os jogadores a sacrificarem as férias de verão, essenciais para recuperar a energia física e mental após uma temporada intensa. "É muito difícil abrir mão das férias para jogar algo que somos obrigados a fazer", disse ele, em tom crítico, durante um evento.
O camisa 11 do Barcelona também denunciou a falta de diálogo entre as instituições do futebol e os jogadores. "Em nenhum momento nos perguntaram se queríamos jogar ou quais seriam as datas ideais. Simplesmente disseram: 'Vocês têm que ir e pronto'", explicou Raphinha.

BARCELONA, ESPANHA - 11 DE MAIO: Raphinha, do FC Barcelona, comemora após marcar o quarto gol de sua equipe durante a partida da LaLiga entre FC Barcelona e Real Madrid CF, no Estádio Olímpico Lluís Companys, em 11 de maio de 2025, em Barcelona, Espanha. (Foto de Alex Caparros/Getty Images)
Uma clara acusação à abordagem autoritária adotada no planejamento do novo torneio.
O jogador de 28 anos defendeu o direito dos jogadores de futebol ao descanso, enfatizando que pelo menos três semanas ou um mês de férias são essenciais. "Muitos dos participantes da Copa do Mundo não terão férias. É inaceitável", acrescentou. A mensagem é clara: mais consideração pela saúde e pela voz dos atletas.
Embora o Barcelona não esteja entre as seleções participantes do Mundial de Clubes, as reflexões de Raphinha refletem um mal-estar generalizado entre muitos jogadores dos principais clubes europeus. A FIFA, em sua tentativa de expandir a marca global do futebol, corre o risco de comprometer cada vez mais a sustentabilidade do calendário sazonal.
As palavras de Raphinha lançam ainda mais luz sobre um tema cada vez mais quente no futebol moderno: a saturação do calendário e a falta de escuta de quem joga futebol.
La Gazzetta dello Sport